Mustafá Contursi saiu da sombra. Colocado para escanteio na última eleição, partiu, agora, para o ataque. Ele que sempre se mostrou arredio com a imprensa de repente mudou de postura. Ontem definiu de desastrosa a administração de seu sucessor Affonso Della Monica na presidência e Cyrillo Júnior vice que agora deixou o cargo. Encolhemos financeiramente e falta qualificação ao time, diz o ex-presidente.
Della Monica e Cyrillo Júnior compunham sua equipe, o que parece incomodá-lo. Os dois foram seus aliados por 12 anos. Conspiraram contra mim. Agora gastaram todo o dinheiro do clube e só fizeram porcaria. Foram os nossos piores dois anos.
Na última eleição, em janeiro, Mustafá não foi candidato, mas é considerado como o grande derrotado. Ele apoiava a chapa de Roberto Frizzo. Conselheiros falam em vitória do bem contra o mal. O complexo de inferioridade leva a esse tipo de reação. É a fixação de vingança por tentar vencer alguém muito superior.
Há no Palmeiras um bloco que não quer nem ouvir falar em Mustafá. É porque sou muito grande para a mediocridade deles. Deixei o clube rico, moderno e organizado. Argumenta que, perder a eleição, não significou renovação no Palmeiras.
Trouxeram de volta gente que estava fora havia 12 anos, afirma. Falar em Seraphim, Cipullo, Beluzzo é retrocesso. Eles estavam há 10 anos esperando cair do céu uma carteirinha de diretor, não têm plano moderno. Imagina que ser derrotado não o fez perder força. Meu grupo tem 132 companheiros que, unidos, disseram não contra 108 que haviam recebido carteirinha de diretor antes da votação. Eles se juntaram a outro grupinho para ganhar a eleição.