A Ferrari, definitivamente, não ficou satisfeita com o resultado do GP da Europa, no último domingo (27), em que Lewis Hamilton foi segundo, atrás de Sebastian Vettel. Depois de Fernando Alonso afirmar que houve manipulação da corrida a favor de Hamilton e de a montadora italiana divulgar comunicado no qual classificava a prova como "um escândalo", seu presidente, Luca di Montezemolo, declarou que os acontecimentos foram "inaceitáveis, muito sérios e criaram um perigoso precedente".
Toda a reclamação da Ferrari é por conta da infração cometida por Lewis Hamilton na entrada do safety-car. Depois do forte acidente que envolveu Mark Webber e Heikki Kovalainen, na volta 8, o britânico ultrapassou o carro de segurança e o carro médico, o que não é permitido pelas regras. A FIA demorou a punir o inglês com um drive-through — a passagem obrigatória pela área dos boxes —, o que permitiu a Lewis acelerar o máximo possível para que, quando cumprisse a punição, não perdesse posições.
Com isso, Fernando Alonso, que era quarto, caiu para 16º ao fazer seu pit-stop, enquanto Hamilton continuou no pelotão da frente durante toda a corrida, terminando em segundo. Alonso foi apenas o oitavo. Luca di Montezemolo mostrou estar irritado com o ocorrido. "O resultado da corrida de ontem não representou o que foi a prova", disse.
"A Ferrari, que se mostrou competitiva no GP da Europa, pagou um preço muito alto por cumprir as regras. Enquanto isso, aqueles que não seguem as regras foram punidos pelos comissários da prova de um jeito que foi menos severo do que o prejuízo sofrido por aqueles que as respeitam", acrescentou o dirigente.
Montezemolo pediu providências para que este tipo de situação, supostamente injusta, não se repita. "Temos certeza de que a FIA vai analisar tudo o que aconteceu e tomar as consequentes decisões necessárias. A Ferrari vai acompanhar isso com interesse", encerrou.