Ana e Allan têm pela frente a luta por vaga na Rio-2016
Conscientes do tudo ou nada que será a batalha por vaga nos Jogos Olímpicos do Rio de 2016, Ana Marcela e Allan do Carmo mantêm a atenção direcionada para o Mundial de Kazan, em julho, na Rússia.
Após enfrentarem os 12 km da 51ª Travessia Powerade Mar Grande-Salvador, anteontem, os dois campeões mundiais de maratonas aquáticas têm agora a missão de garantir classificação à Olimpíada.
Em grande fase na carreira, Ana obteve uma vitória maiúscula na travessia, conquistando seu sexto título. Com o resultado, é recordista em número de vitórias na prova, com duas a mais do que Janaína Soares, a segunda da lista de vencedoras.
Já Allan chegou ao penta com direito ao melhor tempo na prova, de 1h34min08. De férias até 5 de janeiro, quanto retornar o maratonista terá dois compromissos decisivos valendo passadas reais rumo à Rio-2016.
Primeiro, ele enfrentará a etapa mexicana da Copa do Mundo de 2015, que valerá como seletiva brasileira para o Mundial e o Pan, em 2 de maio. Seus concorrentes são os maratonistas Diogo Villarinho, Samuel de Bona e Luis Rogério Arapiraca.
Ana Marcela nem precisará passar por seletiva nacional, uma vez que ela e a paulista Poliana Okimoto são imbatíveis no país e estão confirmadas nas duas únicas vagas da seleção para o Mundial.
Em Kazan é que a situação será decisiva, como explicou a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Via assessoria de imprensa, informou ontem que o Mundial na Rússia é a única chance de o Brasil garantir dois atletas em cada uma das categorias (masculino e feminino) na Olimpíada.
Concorrência
Por ser sede dos Jogos, o país tem uma vaga masculina e outra feminina garantidas. Os 10 km do Mundial servirão de parâmentro para a definição. Somente quem terminar entre os dez primeiros colocados será selecionado para a Rio-2016.
Porém, se, entre os dez primeiros homens e as dez primeiras mulheres, ficarem dois brasileiros, o país conquistará duas vagas masculinas e duas femininas nos Jogos.
Caso se classifique um atleta em cada categoria, o Brasil competirá com um homem e uma mulher na Olimpíada. A ressalva feita pela CBDA é que, se isso acontecer, poderá haver nova seletiva nacional pela vaga olímpica. "A vaga é do Brasil, e não do atleta", justificou a CBDA, por meio da sua assessoria de imprensa.