Bahia, de Dado Cavalcanti (à esq.), e Vitória, de Agnaldo Liz, vão colocar os times de transição na competição | Fotos: Felipe Oliveira | EC Bahia e Letícia Martins | EC Vitória
Calendário apertado, pouca receita, público baixo. Uma série de motivos levaram os presidentes Guilherme Bellintani, do Bahia, e Paulo Carneiro, do Vitória, a firmar um “acordo de cavalheiros” e colocar os times de transição para atuar pelo Campeonato Baiano. A partir desta quarta-feira, 22, os dois maiores clubes do estado entram em campo para iniciar a competição, sem o mesmo favoritismo das edições anteriores (confira os concorrentes ao título abaixo).
Pelo lado do Bahia, o técnico Dado Cavalcanti está com o grupo que vai jogar o Baianão desde o dia 2 de dezembro. Desde então, o sub-23 tricolor fez quatro amistosos: venceu três (contra um combinado de atletas e ex-atletas, Retrô (PE) e Bahia de Feira, e empatou um, contra o Jacobina. A opção de esquema tático é o 4-1-4-1, e tem como destaques os volantes Ramon e Caio Mello, além do meia Arthur Rezende, que deve revezar entre o time de aspirantes e o principal.
Vale lembrar que, no ano passado, o time sub-23 do Bahia teve duas competições para disputar: o Brasileiro e a Copa Baiana de Aspirantes. No nacional, teve ótimo desempenho, e ficou com a terceira colocação, sendo eliminado para o Grêmio na semifinal, após derrota por 3 a 1. Já no torneio estadual, acabou caindo na primeira fase.
O técnico Dado Cavalcanti valorizou o tempo de preparação. “O tempo é importantíssimo, é ouro no futebol. A grande vantagem que os clubes intermediários têm nos estaduais, em todos, é o tempo de preparação. As equipes se preparam antes e começam o campeonato muito forte”, revelou, no sábado.
A primeira partida do Bahia é contra a Juazeirense, fora de casa. O time de Juazeiro, fundado em 2006, teve uma década passada muito boa, tendo ficado em terceiro lugar em quatro oportunidades. No ano passado, no entanto, a participação não foi tão boa (8º), e o Cancão de Fogo ficou sem ter competições nacionais para disputar em 2020.
Esperança na base
O Vitória também teve tempo para se preparar para o estadual. Assim como o Bahia, se apresentou no dia 2 de dezembro. No entanto, fez apenas dois amistosos de lá para cá: um contra o Jacuipense – venceu por 3 a 1 – e um contra o Atlético de Alagoinhas – perdeu por 1 a 0.
Na Copa Baiana de Aspirantes, ficou com a terceira posição. No Brasileiro da categoria, chegou à semifinal, mas acabou eliminado para o Internacional – derrotado por 4 a 0 –, e amargou o quarto lugar na competição.
Em entrevistas, o presidente Paulo Carneiro tem dito, desde que assumiu o mandato, que pretende voltar a usar a base o clube como impulso para o futuro. Uma das medidas foi apresentar o técnico Agnaldo Liz como o comandante do time sub-23. Quando assumiu, Liz destacou a importância do tema. “Vai ser uma nova era do Esporte Clube Vitória. Hoje, a gente não disputa o estadual começando com o sub-23 e depois entra o time principal para as finais. Não, a gente vai disputar do início ao fim. Essa motivação é importante e serve de base para a equipe principal”, disse Liz, em entrevista coletiva no início do ano.
O Vitória entra em campo na quarta, contra o Jacobina, no Barradão, às 19h30. O Jegue da Chapada enfrentou problemas durante a pré-temporada, principalmente devido às eleições presidenciais do clube.
Dentre os destaques do Rubro-Negro, estão o goleiro Lucas Arcanjo, que também está integrado ao elenco principal, e o atacante Ruan Levine, que deve formar o trio de ataque com Eron e Caíque Souza, e que foi elogiado pelo técnico Agnaldo Liz durante os amistosos de pré-temporada. “Está confiante”, disse o técnico.
*Sob supervisão do editor interino Rafael Tiago Nunes