Jacuipense fará seu último jogo do campeonato na tarde deste sábado, diante do Vila Nova-GO | Foto: Divulgação | Jacuipense
A Série C de 2020 vai ficar marcada na Bahia pela campanha do Jacuipense, clube de Riachão do Jacuípe que participou da competição pela primeira vez na história. Neste sábado, 5, às 17h, em Goiânia, faz sua partida de despedida, contra o Vila Nova. Apesar de não ter mais chance de acesso, o Leão do Sisal também não pode mais ser rebaixado. Com 24 pontos em 17 jogos, está na quinta posição, atrás apenas daqueles que já eram favoritos antes de o certame começar: Santa Cruz, Remo, Paysandu e Vila Nova.
A campanha é uma conquista para o interior baiano, que nunca tinha visto um clube ficar por mais de um ano na Série C com o atual formato. E, para melhorar, na Série D dois times lutam na fase de mata-mata para subir. O Atlético de Alagoinhas recebe o Goiânia, no jogo de ida da segunda fase, e o Vitória da Conquista inicia no domingo, 6, sua jornada contra o Salgueiro, em casa.
Na visão do coordenador técnico do Jacuipense, Quintino Barbosa, o Barbosinha, a meta do clube para 2021 é encorpar o elenco e disputar uma vaga na Série B. “Tivemos um primeiro momento como debutante, sem saber o que esperar, e na medida em que fomos caminhando na competição, vimos que existia possibilidade de classificação. Porém, chega o momento que a competição pede elenco, e não tínhamos esse número de jogadores que pudessem dar esse retorno. Tentamos, mas o mercado estava muito fechado. Chegamos a visitar a zona de rebaixamento, mas saímos rápido. Quando conseguimos trazer alguns jogadores, demos equilíbrio ao elenco e chegamos perto. Fica a lição de que temos que ter um elenco para dar suporte a um time competitivo”, ponderou, em entrevista ao A TARDE.
Vale lembrar que, em 2020, também foi a primeira vez que o Leão do Sisal chegou a uma semifinal de Campeonato Baiano. O clube vinha batendo na trave nos últimos anos. Dessa vez, foi eliminado pelo Bahia. Para o ano que vem, Barbosinha afirma que as metas a serem atingidas são a Copa do Brasil e a Copa do Nordeste. No Baianão, “o Jacuipense já começa a pensar em título”.
Superação e esperança
Pela Série D, Atlético e Vitória da Conquista seguem no ritmo da superação e da esperança de subir para a Série C. O Carcará, apesar de ter chegado à final do Baianão, contra o Bahia, viveu um momento complicado no início da competição, com salários atrasados e problemas financeiros intensificados pela pandemia.
Entretanto, o presidente Albino Leite ressalta a luta do clube e afirma que eles foram “da UTI para o Apartamento”. “Os patrocínios estão complicados, o torcedor fora do estádio, mas estamos sobrevivendo com muita dificuldade. Há um mês, estávamos na UTI. Depois fomos para a CTI e hoje estamos em um apartamento, aguardando soluções financeiras para poder voar”, afirmou. O Atlético, que ficou com a terceira colocação do Grupo 6, com 27 pontos, recebe o Goiânia, neste sábado, às 15h.
Já o Vitória da Conquista foi da briga contra o rebaixamento no Baianão até o terceiro lugar no Grupo 4 da Quarta Divisão, com 22 pontos. O A TARDE tentou contato com o presidente do clube, Ederlane Amorim, mas não conseguiu. Dos três times baianos que iniciaram a Série D, apenas o Bahia de Feira não conseguiu avançar para a segunda fase, ficando com a quinta posição do Grupo 6 – atrás do Atlético.
*Sob supervisão do editor Daniel Dórea