Membros da delegação baiana posam para foto em evento da Sudesb, no Colégio Salesiano, em Nazaré
A Bahia não mandou atletas para os Jogos Olímpicos da Juventude - que terminaram na China, no último dia 28 -, mas está correndo atrás nos Jogos Escolares da Juventude, cuja etapa de 12 a 14 anos começa nesta quinta-feira, 4, em Londrina (PR) e vai até o dia 13.
Para esta competição o Estado está levando uma delegação de 175 pessoas, entre atletas, treinadores e técnicos da Sudesb.
Apesar do investimento nos atletas - a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e a Sudesb estão bancando passagens, seguro e exame médico aos jovens - não existe uma meta de rendimento a ser superada.
De acordo com o secretário estadual do esporte, Nilton Vasconcelos, a Setre está mais envolvida com o engajamento das escolas com o esporte.
"Não temos uma meta estabelecida quanto à soma de medalhas. Estamos em fase de mobilização das escolas particulares e públicas, para que elas se envolvam mais com as modalidades esportivas e competições interescolares. Essa mobilização acontece com a parceria da Sudesb", explicou.
De fato não foram todas as modalidades que fizeram sucesso entre os jovens. Apesar de a competição englobar 13 modalidades, a delegação baiana vai participar de dez delas: atletismo, tênis de mesa, natação, judô, xadrez, ginástica rítmica, vôlei, futsal, basquete e handebol. Badminton, luta olímpica e ciclismo acabaram ficando sem representantes.
Para Nilton Vasconcelos, essa realidade ressalta a necessidade de aumentar a ação nas escolas. "Temos que ampliar nosso esforço para conseguir uma maior adesão das escolas na área da educação como um todo para contemplar as 13 modalidades", reforçou.
"Hoje temos os Jogos Abertos do Interior, que servem como fomento do esporte fora da capital do estado", completou o titular da Setre.
No entanto, Vasconcelos não soube informar se mais projetos estão sendo criados para popularizar essas modalidades e melhorar o nível do esporte escolar na Bahia.
Públicas x Particulares
De acordo com a relação de alunos/atletas, os jovens de escola pública se destacaram mais em modalidades individuais, enquanto os de escolas particulares têm boa participação especialmente nas coletivas.
Questionado sobre o motivo, o secretário preferiu passar a palavra para o diretor de fomento ao esporte da Sudesb, Álvaro Oliveira, que é um dos chefes da delegação baiana.
"As escolas particulares têm melhor estrutura e maior compromisso com os esportes coletivos. Os professores se especializam nessas modalidades e muitas delas têm ginásio coberto, o que permite a prática dos esportes", disse Oliveira.
"Para os alunos de escolas públicas, normalmente é mais fácil treinar modalidades individuais. Em grosso modo, colégios da rede pública não têm ginásios, ou não têm ginásios cobertos, as quadras não têm estrutura", reconheceu.
Mesmo assim, o diretor mostrou-se confiante de que a passagem pelos Jogos Escolares será positiva e aposta em medalhas justamente para as modalidades individuais, como judô e natação.
"Mas poderemos surpreender em algumas das modalidades coletivas, como futsal. Alguns dos nossos atletas estão indo pela primeira vez aos Jogos e poderão se superar nas disputas", concluiu o diretor de fomento Álvaro Oliveira.
Nesta competição nacional, haverá disputa de 13 modalidades esportivas, envolvendo cerca de 4.660 pessoas (4.000 atletas), entre atletas, técnicos e dirigentes dos 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal e uma delegação de Londrina.
Os Jogos são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro e correalizados pelo Ministério do Esporte.