Helado Monterrey leva paletas mexicanas ao Camarote Salvador
Quem troca a pipoca ou o bloco pelo camarote no Carnaval tem seus motivos. Inclusive a vontade de ficar bem longe da folia. Ambiente climatizado, show particular, conforto e outros paparicos estão na lista de atrativos que justificam o investimento. Mas quem faz essa opção geralmente também está de olho na mesa.
"Às vezes você vê aquela menina ou rapaz sarado, com cara de que só come folha, mas tudo que eles querem é um prato de carne", brinca o chef Bartô. Com 15 anos de experiência, este ano ele foi convocado para assumir cinco camarotes.
"Planeta Band, Harém, Nana, Villa Mix e Expresso 2222", enumera, com cuidado para não perder as contas. É no Nana, ele revela, que a comilança é mais completa. "Montamos uma churrascaria lá dentro que hoje é modelo", orgulha-se.
Gosto do freguês
Comidinhas como pizza, hambúrguer, acarajé e espetinho também são presença obrigatória. Além de sorvete e picolé para a sobremesa. "O mulherio gosta de um açúcar depois do álcool", observa o chef, que não esquece sua especialidade: comida oriental.
Essa composição vale para quase todos os camarotes, mas um deles quer impressionar ainda mais. No estreante Villa Mix, tem risoto de lagosta no menu. Já no Expresso 2222, o gosto do cantor Gilberto Gil é uma das referências. "Não pode faltar bobó de camarão e um prato com carne seca", conta Bartô.
No Camarote da Central, é o chef Jadson Nunes quem comanda a cozinha, assinada pelo restaurante 33. Arroz sertanejo, massas e queijos surgem ao lado de sanduíches e pasteis.
Minas com Bahia
No camarote Bar Brahma, parte do cardápio estará sob o comando do jovem Mohamad Hindi. O espectador vai reconhecê-lo do Master Chefs, reality show exibido pela Band.
"Vou fazer um arroz de barriga de porco com quiabo e um ceviche de peixe branco com caranguejo", adianta o chef, que pensa em homenagear Minas Gerais com o primeiro prato e a dupla Pernambuco-Bahia com o segundo.
No Schin, o cardápio traz a marca do atelier Dedo de Moça pelo segundo ano. "Meu maior aprendizado é que é um público diferenciado, uma clientela exigente", conta Patrícia Borges.
É por isso que ela aposta em três pontos fixos de bufê com saladas, canapés quentes, caldinhos e doces. Isso, sem contar o espaço reservado para o jantar. "O camarote funciona das 18 horas às cinco da manhã e tem comida do início ao fim. É um serviço de casamento".