Deputado federal baiano Marcelo Nilo | Foto: Raphael Müller | Ag. A TARDE
Integrante do PSB e adversário de Bolsonaro, o deputado federal baiano Marcelo Nilo foi enfático: votou a favor dos vetos do presidente à emenda que torna obrigatório o pagamento de emendas orçamentárias propostas pelo relator-geral do orçamento, algo em torno de R$ 30 bilhões.
– Imagine, botar um dinheirão desses nas mãos de um único deputado para ele cumprir um papel que não é dele. Pela primeira vez votei a favor de Bolsonaro. E vou votar de novo, no segundo turno.
A queixa de Marcelo Nilo é pertinente. As emendas vetadas institucionalizam a invasão do Legislativo no Executivo. E coroam uma deformação notária no sistema político brasileiro.
Os reféns — Os problemas nesse jogo são velhos. No governo Fernando Henrique Cardoso, o deputado federal Roberto Cardoso Alves, do PMDB de São Paulo, explicava a fórmula para persuadir colegas numa frase que entrou para a história: ‘É dando que se recebe’.
Lula sobreviveu ao jogo entrando de sola no esquemão, botando uma escala no ‘dando’ nunca registrada. E Temer se abriu todo. Bolsonaro, que passou 24 anos no Congresso, começou dizendo que não iria entrar nisso. Entrou. Na PEC da Previdência abriu os cofres. E agora trava essa queda de braço.
A questão é que os equívocos de Bolsonaro, e um deles é fazer apologia a ditadores, aduba os do Congresso, que age como quer tendo como estandarte a democracia.
Marcus Sarmento tem perfil falso no Face e chama a polícia
O empresário Marcus Sarmento, que ano passado disputou a vice-presidência do Vitória na chapa de Raimundo Viana e hoje é prefeiturável em Itanagra, está no meio de uma ciranda criminal: procurou a Delegacia Territorial de Abrantes, em Camaçari, pedindo investigação sobre a falsificação de um perfil dele no Facebook. Pessoas se apropriaram de seus dados pessoais e fotos publicadas na rede social.
O pior é que o tipo de utilização do falso perfil é barra pesada, a venda de armas. Eles anunciam uma pistola e fornecem um número de telefone para contato. Marcus diz que quer saber o que há. Pode ser ação de criminosos comuns, mas ele bota um bom tempero no embalo do ano eleitoral: admite a possibilidade de ser uma armação partindo de pessoas ligadas a adversários políticos.
Em suma, é 2020 aí.
Pesquisas na espera de 2020
Óbvio que pesquisas eleitorais estão rodando por aí, mas registradas no TRE, até agora, nenhuma. O Conselho de Estatística da Bahia (Conre5) só vai liberar a partir do dia 25 o número para as empresas que querem divulgar pesquisas este ano.
E há um detalhe: a taxa para a obtenção do documento custa a bagatela de R$ 8 mil.
Outro detalhe: na nova lei o contratante tem que dizer quanto pagou e de onde saiu o dinheiro.
Uneb começa a mudança para o prédio da Jequitaia
A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) já mudou toda a sua estrutura administrativa, a reitoria inclusa, para o antigo prédio da Petrobras na Jequitaia, junto da Feira de São Joaquim. Essa parte antes funcionava no Cabula e em dois prédios alugados no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
O prédio da Jequitaia foi construído em 1961, estrela maior de um tempo em que a Estação Ferroviária da Leste botava um certo glamour na área por conta das facilidades de mobilidade.
Em fevereiro de 2016, mais de meio século depois, foi cedido à Uneb com um propósito absolutamente inverso, ajudar a recuperar o glamour do Centro Antigo de Salvador.
A ideia da Uneb é botar a pós-graduação lá.
REGISTROS
Chocolate na mesa
Conforme projeções da Fecomércio-BA, no bimestre agora iniciado, o que inclui a Páscoa, o comércio de doces, balas e chocolate deve crescer 4,9% em relação a 2019, em torno de R$ 7,2 milhões. A análise é fruto de um acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado.
Plantas medicinais
A portuguesa Silvia Martins, doutora em fitoquímica, lança amanhã (18h) em Lençóis o livro Guia Prático de Plantas Medicinais da Chapada Diamantina. A obra foi viabilizada com financiamento coletivo de uma comunidade virtual.
Condenado pelo zap
Três integrantes do grupo de WhatsApp Política de Alto Nível, de Brumado, foram condenados pelo juiz Rodrigo Souza Brito a pagar R$ 2 mil, mais 1% de acréscimo da data da ofensa até a publicação da sentença por terem chamado o prefeito Eduardo Vasconcelos (PSB) de ‘corrupto’.
Paulo Cezar
Na coluna de ontem dissemos que Paulo Cézar, ex-prefeito de Alagoinhas, foi gerente da Skol. Isso aconteceu quando ele era jovem, antes de ser político. Foi também diretor da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) no primeiro governo de Rui.