Como será o 'novo normal'? | Foto: Felipe Iruatã | Ag. A TARDE
Juvenal Maynard, ex-superintendente da Ceplac, executivo reconhecido, diz não querer dar uma de profeta do apocalipse, mas o futuro que se vislumbra no pós-pandemia será triste se comparado com a vida de antes.
– Muita gente que sobreviverá vai preferir ter morrido. Teremos muitas mortes de vidas e de CNPJs a lamentar.
Se assim o é, a gênese do novo normal, expressão que permeia as mídias desde que a pandemia se instalou, está lá com os que passam boa parte da vida num avião. E vai desaguar no pós-pandemia, o que já estamos vivendo bem piorado.
Dois cenários — Juvenal faz também a ressalva de que no momento há dois cenários possíveis.
1 - O governo e as prefeituras ganham a guerra e assistem ao declínio da Covid lá para julho ou agosto, como projetam, tudo que todos querem e esperam.
2 - A Covid invadiu as favelas e o governo perdeu o controle. Cenário de pânico geral, o que ninguém quer.
Juvenal lembra que é óbvio que cada cenário tem um peso, mas o primeiro é apenas menos pior. E só.
– Se tudo correr bem, é bom lembrar que a economia não vai voltar como num passe de mágica, será algo lento, gradual.
É, mas quando fez a simbólica entrega da LDO na Alba, via remota, o secretário Walter Pinheiro também apostou na tese do declínio da Covid em agosto. Oxalá dê certo.
Caso do caixão aberto agita as ilhas de Cairu. Dá o que falar
A história da família de D. Nilzete Porfíria, 77 anos, que abriu o caixão dela, morta por Covid, sacode o arquipélago de Cairu. O epicentro do caso está na Gamboa do Morro, povoado pertinho do badalado Morro de São Paulo, na Ilha de Tinharé.
E aí começa o tiroteio: e por que deixaram abrir o caixão? O prefeito Fernando Brito (PSD) diz ter obedecido a todas as normas e que a família foi avisada, abriu o caixão por irresponsabilidade.
A família diz que o atestado de óbito aponta insuficiência respiratória, e mais: quando ela chegou ao posto de saúde foi atendida normalmente. Só depois se soube que era Covid. E fez o velório sem que ninguém dissesse nada.
O pior: D. Nilzete, uma moradora da Gamboa que de lá quase não saía, certamente foi infectada.
Por quem? É a tal história que não acaba aí. Só começa.
Alívio para Neto e amigos
Amigos do entorno de ACM Neto respiraram aliviados ao saber que ele e o vice Bruno Reis testaram negativo para a Covid-19. Neto ainda disse que testou as filhas também. Tudo bem.
O jogo de Neto foi claro, aberto, cristalino, como deve ser de todos, principalmente de quem nos governa. E aí um amigo de Neto bota a pimentinha do caso.
– Veja como Bolsonaro é embirrento. O dele deu negativo, por que não abriu logo?
Augusto Castro, Itabuna ainda na espera por ele
Após 42 dias de internação, 15 deles entubado numa UTI, o ex-deputado Augusto Castro recebeu alta, sob aplausos, de um hospital em Itabuna.
Augusto é candidato a prefeito pelo PSD de Otto Alencar, e a guerra dele contra o corona suscita uma série de interrogações. A primeira delas: será que ele ainda vai ter condições de ser candidato? E, se não, pela trajetória e também pela comoção que o drama por ele vivido passou, aceita ser vice de alguém? Ou seja, continua no jogo ou não?
Lá, o líder das pesquisas é o médico Antônio Mangabeira, mas na crise da pandemia dizem lá que ele perdeu pontos: fechou a clínica e sumiu. Outro candidato competitivo é o Capitão Azevedo (PL), de olho em Augusto.