Colbert briga pela reeleição, contra a Covid e os adversários | Foto: Jorge Magalhães | Divulgação
Sempre pontuando entre os três ou quatro primeiros nas pesquisas para prefeito de Feira de Santana, o deputado Targino Machado (DEM) refuga a tese de que a campanha lá, na Princesa do Sertão, tende a se afunilar entre o prefeito Colbert Martins (MDB) e o deputado Zé Neto (PT).
– Eu estou aí, sou um nome do DEM. E não aceito apoiar Colbert. E ponto.
Targino, que também nunca cogitou apoiar Zé Neto, admite uma terceira via, que seria o ex-deputado Carlos Geílson (Podemos). O cenário atual é desalentador para o projeto: Targino está recluso em sua fazenda em São Gonçalo dos Campos, e Geílson, internado em Salvador, com a Covid.
Tudo light — É claro que a Covid melou o jogo eleitoral de 2020, mas também cada lugar tem sua alma, algumas atribuladas, como o entra e sai de prefeitos em Jequié e Candeias, outras lights, como Feira de Santana, a Princesa do Sertão. A questão: a terceira via dribla o corona e retoma o protagonismo ou o jogo será mesmo entre Colbert e Zé Neto? Feira tem tevê e rádio, que terão peso forte numa campanha sem corpo a corpo. Aposta-se que isso terá peso decisivo. Pode ser. A questão é: para quem?
Colbert é prefeito e vai continuar prefeitando em nome do combate à Covid, Zé Neto vem com o lastro de já ter sido candidato cinco vezes e tem uma terceira via que quer crescer xingando os dois. Dá um bom caldo.
Na pandemia, se o eleitor não vai à urna, a urna vai ao eleitor
Já se viu muita coisa invertida nestes tempos de pandemia, como turistas antes bem-vindos virarem visitantes incômodos, mas o Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem de Valença virou a coisa de cabeça para baixo, ao invés de o eleitor ir às urnas, as urnas é que foram aos eleitores.
Valdir Silvestre, o presidente, candidato único, conta que desde abril, em plena pandemia, o mandato dele venceu e precisava de nova eleição. Com a pandemia, grande parte dos 128 eleitores aptos a votar avisou que não ia. Então só teve um jeito, duas urnas, uma fixa e outra itinerante, na porta da fábrica e das casas.
Catou 110 votos, 99 nas ruas e 11 no sindicato. Com um detalhe: nenhum branco, nenhum nulo, 100% nele.
– Ou eu fazia assim ou um sindicato ativo ficaria acéfalo. Foi a salvação.
Será que serve de dica para a Justiça Eleitoral?
Alba vota nove projetos
A Assembleia teve um dia cheio ontem, realizou três sessões, uma ordinária e duas extras, e assunto não faltou: apreciou e votou nove projetos, entre eles o de Alan Sanches (DEM) que reduz as mensalidades escolares em 30%. Há controvérsias sobre a constitucionalidade, mas os deputados dizem que outros estados já fizeram.
Por acordo saiu de pauta o projeto da Companhia Bahiana de Insulina. Esse é bom, mas fica no prelo.
Fieb já agenciou 5 milhões de socorro para empresas
O Núcleo de Apoio ao Crédito (NAC) da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), o setor que socorre empresas dando os caminhos do dinheiro nestes tempos de pandemia, já contabiliza 40 operações de crédito aprovadas para capital de giro e investimentos que somam quase R$ 5 milhões.
Ana Paula Almeida, coordenadora do NAC, diz que a liberação de crédito passou pela redução das exigências bancárias e criação de linhas de financiamento emergenciais, o que ampliou o acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas.
O principal parceiro foi o Banco do Nordeste, que concentra a maior parte das operações, com o FNE Emergencial, que tem taxa de 2,5% ao ano, seis meses de carência, limitados a R$ 100 mil para giro e R$ 200 mil para investimentos.