Nestor Duarte: ‘A responsabilidade é minha, a decisão é coletiva’ | Foto: Tiago Caldas | Ag. A TARDE
Jair Bolsonaro já disse, e esta semana repetiu, que não vai se meter na campanha eleitoral deste ano, já que na disputa não tem candidatos do Agência Brasil, o partido que ele quer criar. E aí o leitor Lenilton Ribas, da Pituba, pergunta: isso é bom ou ruim para alguns candidatos?
Prezado, é claro que se o presidente da República resolvesse apadrinhar alguém competitivo talvez ajudasse, mas, no atacado, alguns candidatos, inclusive prefeitos que estão conectados com os cofres federais, se dizem antecipadamente gratos. Elementar: é bônus sem ônus.
NEÓFITO — Políticos mais tarimbados apontam que na sucessão de equívocos que o presidente cometeu até agora, o primeiro, a hostilidade ostensiva contra o Congresso, dizem que o clássico toma lá, dá cá com ele não ia colar.
Diz um deputado federal aliado de ACM Neto, cá com um pé lá no Planalto, que isso é coisa de neófito em política. Até porque, o toma lá, dá cá é intrínseco ao jogo, desde sempre.
O caso é que o toma lá, dá cá tem hierarquia moral. No topo do bem, toma lá seus votos, dácá um hospital, uma escola, estrada, qualquer coisa assim.
A qualidade cai quando se troca votos pela promessa de emprego, por exemplo, algo já não tão bom, mas tolerável. E degenera de vez, o que o tornou sinônimo de baixeza moral quando o dá cá é para o bolso, a começar pelas rachadinhas.
Pois é, caro Lenilton, Bolsonaro não sabia disso. Agora entrou no jogo, que, pelo histórico do caso, fica mesmo parecendo sujo pela própria natureza.
Santo Amaro, Orbi na mente
A OrbiQuímica, indústria química que já tentou se instalar em São Francisco do Conde, Simões Filho e Camaçari sem sucesso, quer ir para Santo Amaro e causa furdunço.
Além da reação ambientalista, o prefeito Flaviano Bonfim (PP) arrumou outro: doou para a Orbi a mesma área, na entrada da cidade, que o município já tinha doado para a UFRB instalar o seu campus. Herden Cristiano (DEM), presidente da Câmara, lidera abriga. Quer a UFRB no lugar.
Como Elsimar se contagiou?
Se, como cientista conceituado na área da medicina, o professor Elsimar Coutinho tinha plena consciência do perigo da pandemia, como será que se contagiou?
A questão intriga pessoas próximas, até porque, durante a pandemia, ele passou o tempo inteiro em casa em Interlagos, recolhido junto com a família.
Até agora, a possibilidade maior é a do entra e sai de funcionários no condomínio, que resvalou nele.
TCM de olho nos prefeitos
E se a missão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), como diz o próprio nome, é estar de olho nas contas dos municípios, numa situação como a atual, a da pandemia, misturada com decretos de emergência que liberam gastos sem licitação e uma campanha eleitoral, mais que nunca o olho está aberto. O TCM tenta orientar para evitar problemas, mas lá já se sabe que virão contas da pandemia infectadas pelo velho vírus da corrupção.
Sistema prisional discute se libera as visitas ou não
A polícia que prende, o promotor que acusa, o advogado que defende e o juiz que julga.
Oficializando: Polícia Civil e PM, Ministério Público, OAB-BA e Judiciário (com dois juízes e dois desembargadores) é o conjunto que forma o comitê interinstitucional reunido pelo secretário
do Sistema Prisional, Nestor Duarte Neto, para fixar protocolos nos 28 presídios baianos, que reúnem 13 mil presos durante a pandemia.
Até agora, o corona rondou o sistema, com casos de funcionários e um PM em Itabuna, mas entre presos, não. A questão agora: com a abertura do comércio, vai flexibilizar as visitas?
– A decisão é colegiada, mas eu acho um risco muito grande. Os prisioneiros têm entendido que queremos proteger eles.