Leão diz que a Fiol já deveria ter sido licitada desde o início do ano | Fotos: Shirley Stolze | Ag. A TARDE
João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, ligou ontem para o ministro baiano do Tribunal de Contas da União (TCU) e fez um pedido em nome da Bahia: por favor, libere a papelada para a Fiol ir para o pregão.
A Fiol hoje tem dois trechos, o primeiro, de 537 km entre Ilhéus e Caetité, com 75% prontos, e o segundo, de Caetité a Barreiras, com 485 km e apenas 18% prontos. O governo quer licitar a parceria público-privada (PPP) no trecho Ilhéus-Caetité, com custo inicial de R$ 6,5 bilhões e parou na esteira da angústia das empreiteiras com a Lava Jato, dependendo do TCU dar OK no modelo de contrato.
– Eles estão avaliando quanto já se gastou, quanto ainda vai se gastar e como é que a partilha das responsabilidades vai ficar. Mas Cedraz me garantiu que em 30 dias libera tudo.
Virada — Leão diz que a Fiol já deveria ter sido licitada desde o início do ano. A pandemia atrasou o processo, mas agora está na hora.
Ele conta que, articulado com o presidente da Companhia Bahiana de Pesquisas Minerais (CBPM), espalhou geólogos para caçar minerais 80 km de cada lado nos 1.022 km da Fiol entre Ilhéus e Barreiras.
– Os primeiros sinais são promissores. Já sabemos que temos cobre, lítio, chumbo e há outros sinais bastante positivos. O que nós queremos é aumentar a receita do estado.
Pois é. Isso tudo junto é igual a ouro e diamante.
Agito político na Princesa
E por falar em João Leão, ele agitou a política de Feira de Santana ontem ao anunciar, em entrevista numa rádio, que o PP deve indicar como vice do deputado Zé Neto o empresário Roque Eudes, do Atacadão São João.
Noutra ponta, o deputado Targino Machado (DEM) convocou coletiva online 10h hoje para anunciar apoio a Carlos Geílson (Podemos).
Zé Neto e Geílson serão os adversários principais do prefeito Colbert Martins (MDB).
Queimadura em Queimadas
André Andrade (PT), prefeito de Queimadas, está se queimando nas redes sociais, bombardeado pelos adversários por motivo justo. Dia 9 de julho ele anunciou que estava com a Covid. Passou a quarentena e no fim de semana deixou-se fotografar ao lado de dez pessoas, todos sem máscara, no povoado de Coronel João Borges.
Logo de saída ele desrespeitou o próprio decreto obrigando o uso de máscara.
Os ‘vacinados’ candidatos
Aliás, o caso de Queimadas suscitou discussões nas redes entre os colegas dele, prefeitos. Na Bahia, dos 417, 345 estão aptos a disputar a reeleição. Destes, pelo menos 30 já passaram pela experiência de Covid.
Em tese, quem já teve está imunizado, alguns querem se aproveitar disso, mas os mais sensatos advertem: se o prefeito passar a circular livremente, pode tornar-se agente transmissor. Distância continua fundamental.
Ioná, um caso do PT em Camamu, ganha e perde
Ioná Queiroz está mais uma vez na praça como pré-candidata a prefeita de Camamu e, com isso, leva para as urnas de outubro uma história emblemática no PT, a de ganhar, mas não levar, pelo menos o tempo inteiro.
Ioná se elegeu prefeita em 2008 e em 2011 foi cassada, acusada de crime eleitoral. Em 2016 se elegeu de novo e outra vez foi cassada. Ano passado, acusada de ter infringido a pena anterior, que a deixava inelegível até três dias antes das eleições.
Ela diz esperar que 2020 seja o ano do resgate, vai enfrentar parada dura. Irmão Enoc (PP), que era presidente da Câmara e virou prefeito, ex-aliado dela, está no páreo. E por fora corre Luizinho de Tapuia (DEM), o adversário de sempre, que divide a liderança nas pesquisas com Enoc.