Um grupo rebelde mexicano que alega ter explodido dutos de combustíveis nos últimos dias pode voltar a agir, mas não representa uma ameaça grave à segurança nacional, segundo analistas.
O governo reforçou a segurança no setor petrolífero e em algumas partes da capital depois que o Exército Popular Revolucionário (EPR, marxista) reivindicou as explosões ocorridas na terça-feira e na semana passada, prometendo mais ataques.
Analistas minimizaram a ameaça, dizendo haver pouco risco para locais estratégicos, como terminais de exportação de petróleo e aeroportos.
"O governo precisa levar isso a sério. O pior que poderia fazer seria ignorar isso. Mas não significa que o EPR represente uma grande ameaça à segurança nacional", disse o analista político Pedro González.
"Não acho que (o grupo) tenha a capacidade de enviar contingentes para explodir plataformas de petróleo ou dutos de exportação. Essas coisas são bem vigiadas. Mas pode haver mais atos de sabotagem."
O governo e a estatal de petróleo Pemex levaram a ameaça a sério, deslocando soldados e agentes federais para vigiar poços de petróleo, refinarias e dutos que se estendem por mais de 14 mil quilômetros.
Dois helicópteros foram acrescentados ao esquema habitual de vigilância da Pemex, e a imprensa disse que milhares de agentes foram mobilizados.
A explosão de terça-feira interrompeu o fornecimento de gás natural no centro do México, obrigando cerca de 1.200 indústrias a paralisarem a produção. Não houve impacto sobre a exportação de petróleo.