A vice-presidente do Partido Trabalhista Joan Ryan se uniu às vozes que, dentro da legenda, questionam a liderança do atual primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown.
Em declarações à "BBC", Ryan incentivou várias pessoas a desafiarem Brown se candidatando no congresso anual do partido, que acontece de 20 a 24 de setembro, em Manchester.
Ryan se inclui em um grupo de deputados que escreveu ao Governo pedindo-lhe que emita os formulários necessários para a formalização de candidaturas com vistas ao congresso.
Uma parlamentar que assinou a mesma solicitação e era encarregada da disciplina no partido, Siobhain McDonagh, foi dispensada do cargo por estimular correligionários a desafiar o atual líder.
McDonagh foi o primeiro membro do Partido Trabalhista a sugerir publicamente uma disputa pela liderança da legenda.
Assim como sua colega, Ryan destacou que essa convocação não é parte de "uma conspiração ou complô" contra Brown, mas uma medida para estimular um debate sobre a direção do partido, que vai mal nas pesquisas.
Por outro lado, vários ex-funcionários do Governo, entre eles a ex-ministra da Saúde Patricia Hewitt, ressaltaram, em artigo publicado pela revista trabalhista "Progress", a importância de "uma nova narrativa convincente" para evitar o desastre dos trabalhistas nas próximas eleições legislativas.
Apesar do aumento da pressão interna às vésperas do congresso, o ministro de Infância, Escolas e Famílias, Ed Balls, afirmou que "são mínimas as chances" de Brown perder o cargo de líder da legenda antes das eleições gerais, que podem acontecer até 2010.