Será uma viagem marcada principalmente pela saudade e pela gratidão, avisou o Vaticano ao apresentar o roteiro da peregrinação apostólica que Bento XVI inicia nesta quinta-feira na Polônia, a pátria de João Paulo II.
De Varsóvia, onde desembarcará às 11 horas (às 6 horas no Brasil), ao campos de extermínio de Auschwitz e Birkenau, última etapa de um programa de quatro dias, Ratzinger viverá emoções de profundo e sofrido significado para um papa alemão que viveu até os 18 anos sob o regime nazista.
A visita, que se iniciará com um encontro com o clero na catedral de São João, na capital, onde Bento XVI participará também de um encontro ecumênico na Igreja Luterana da Santíssima Trindade, se estenderá a mais quatro cidades - todas ligadas à história e às devoções de Karol Wojtyla. De Varsóvia, cidade destruída pelas tropas de Hitler em 1939, o papa irá depois de amanhã ao santuário de Jasna Gora, em Czestochowa, para rezar no altar da Rainha da Polônia.
Em Cracóvia, onde se hospedará no palácio episcopal que João Paulo II ocupou como cardeal, o papa rezará na Catedral do Castelo de Wawel e celebrará missa campal no parque Blonie. No mesmo local, falará aos jovens da Polônia no fim da tarde de sábado. Foi nesse parque que Wojtyla reuniu uma multidão calculada em 2,5 milhões de pessoas, três vezes a população da cidade, em agosto de 2002.