O ex-premier britânico Tony Blair recebeu hoje apoio dos líderes da Grã-Bretanha e da França no final da cúpula da União Européia para ser o primeiro presidente da história do bloco, um cargo que será criado para impulsionar o perfil europeu no palco da política mundial. Com o acordo do tratado da União Européia na bagagem, os líderes foram rápidos em levar o nome de Blair ao conjunto de candidaturas ao posto de prestígio que comandará a União Européia. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que seu predecessor será um "grande candidato" para virar o chefe da UE.
O tratado de reforma ainda precisa ser ratificado por todas as nações integrantes antes que o presidente tome posse, o que poderá ocorrer em 2009. "Tony Blair será um grande candidato a qualquer tarefa relevante internacional", disse hoje Brown aos repórteres, no final do encontro da UE em Lisboa. "Como vocês sabem, o trabalho que ele está fazendo no Oriente Médio (como enviado da paz) é algo de uma imensa importância internacional."
Outro admirador de Blair, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, também qualificou o britânico como um forte candidato. "Blair é um homem de destaque. O mais europeu entre todos os britânicos. Pensar nele seria uma ótima idéia", disse Sarkozy, mas acrescentou que ainda é muito cedo para descartar outros candidatos. Reportagens na imprensa européia têm colocado o ex-primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, o ex-presidente da Polônia, Aleksander Kwasnieswski, e Blair na seleta lista para o cargo, cujo objetivo será alavancar o perfil e a unidade da união de 27 nações.
O novo cargo de presidente, criado no já chamado "Tratado de Lisboa", terá poucos poderes formais, mas chefiará encontros de líderes e ajudará a política externa européia a representar o bloco no palco mundial. Os líderes europeus chegaram hoje a um acordo para o tratado da União Européia.