Representantes de cidades que sofreram bombardeios se juntaram aos sobreviventes de Guernica hoje, em memória ao 70º aniversário do bombardeio da cidade basca, pelos aviões alemães e italianos, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Na época os governos nazista da Alemanha e fascista da Itália apoiaram ao ditador espanhol Francisco Franco, que rebelou-se contra a república. O evento teve representantes de Vovolgrado (antiga Stalingrado), Varsóvia e Hiroshima.
"Esse evento é um espelho no qual a injustiça dos bombardeios de hoje está refletida, nos levando a simpatizar com as vítimas das 30 guerras que ocorrem atualmente no mundo," disse Juan José Ibarrtexe, presidente do governo regional basco, que encontrou-se com 200 dos sobreviventes de Guernica no evento.
A destruição de Guernica foi um teste preliminar dos bombardeios que se seguiram a cidades na II Guerra Mundial (1939-1945). O ataque chocou o mundo, com o seu impacto capturado pelo artista Pablo Picasso na pintura abstrata em preto e branco, "Guernica", exibida na coleção permanente do Museu Reina Sofia em Madri.
Embora os números sobre mortos no ataque a Guernica variem, historiadores concordam que pelo menos 120 pessoas morreram. A maioria dos 10,000 habitantes, alertada pela aparição de um avião doze minutos antes do ataque principal, conseguiu se esconder em abrigos antiaéreos.