O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, busca uma saída para a ocupação no Iraque. Amanhã, o general David Petraeus, comandante das forças americanas no Iraque, e Ryan Crocker, embaixador dos EUA no país, vão argumentar diante de um Congresso cheio de céticos que a nova estratégia de guerra do presidente Bush está funcionando.
No início do ano, Bush anunciou que iria mandar mais 30 mil soldados (além dos 130 mil que já estavam lá) para garantir a segurança no Iraque - estratégia conhecida como reforço militar. Agora, o presidente aposta na credibilidade de Petraeus, que assegura que a violência no Iraque diminuiu, para comprar a boa vontade dos congressistas e ganhar tempo.
Muitos democratas e alguns republicanos consideram a guerra perdida e exigem um prazo para a retirada das tropas. Na semana passada, até o presidente Bush começou a sinalizar uma redução no número de soldados no Iraque, fato impensável até então. Para o presidente, a retirada seria possível desde que ?baseada em uma calma avaliação dos comandantes militares no local e não em cima de reações nervosas de políticos em Washington?.
Redução SimbólicaContudo, a redução de tropas que deve ser defendida por Petraeus no Senado será apenas simbólica, o que não seria suficiente para acalmar a oposição. Petraeus tem pela frente a difícil missão de vender o peixe de Bush. Em maio, quando o Congresso concordou em liberar recursos para financiar mais alguns meses da guerra, os legisladores pediram que vários estudos independentes fossem elaborados para avaliar os resultados da nova estratégia.
Os estudos que já foram divulgados pintam um retrato péssimo da situação no Iraque. O relatório do Escritório de Responsabilidade do Governo afirma que apenas sete de 18 objetivos determinados pelo Congresso foram atingidos pelo governo iraquiano. Um outro estudo, elaborado por um grupo de militares, apresentado na quinta-feira, afirma que as forças policiais iraquianas não estarão preparadas para atuar sozinhas em menos de 18 meses.
Ainda assim, Petraeus aposta em sua estratégia. Além de manter uma quantidade maior de soldados e assumir a responsabilidade de proteger civis iraquianos, em vez de apenas treinar forças do Iraque, os americanos estão agora se aliando a insurgentes sunitas para combater jihadistas da Al-Qaeda no Iraque. E, com isso, segundo Petraeus, a violência está caindo de forma significativa em várias regiões do país. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo