O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, dirá em seu discurso via satélite à convenção nacional do Partido Republicano, na noite de hoje, que o senador John McCain compreende as lições dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os EUA e isso o torna talhado para o serviço na Casa Branca. Bush tentará atrair apoio à candidatura presidencial de McCain e dirá que os Estados Unidos precisam de alguém no Salão Oval da Casa Branca que saiba "como proteger a América" na ofensiva. "Nós vivemos em um mundo perigoso", alertará.
Bush deverá dizer que o presidente precisa ser alguém que possa "parar ataques antes mesmo deles acontecerem e não esperar para ser atingido novamente". E concluirá: "O homem que precisamos é John McCain". A Casa Branca adiantou alguns trechos do discurso, que terá oito minutos de duração. A decisão de Bush não aparecer na convenção parece se acomodar aos interesses da campanha de McCain, que desde o início tenta se dissociar do impopular presidente. Bush faria discurso ontem e cancelou a ida à convenção para visitar abrigos de pessoas que fugiram do furacão Gustav no Texas e depois na Louisiana.
Entre os outros oradores que discursarão mais tarde estão Fred Thompson, ex-senador por Tennessee, e o senador Joe Lieberman, de Connecticut, aliado de McCain que se identifica como um político independente. Mas parte do calendário da convenção ainda está incerto, após os republicanos terem cancelado ontem muitos eventos por causa da passagem do furacão Gustav.
A companheira de chapa de McCain, Sarah Palin, está programada para fazer seu discurso amanhã, na mesma noite em que deve ocorrer a votação do candidato presidencial por aclamação. McCain deverá fazer seu discurso de aceitação na quinta-feira. Parece também que os ataques contra Obama e os democratas não serão fortes na convenção.
Lieberman, ex-vice de Al Gore na chapa presidencial democrata de 2000, e que deixou o Partido Democrata após ter perdido as primárias para o Senado em 2006, disse à CNN: "Não gastarei tempo nesta noite atacando o senador Obama". Lieberman, que se declara independente e irritou os democratas por suas críticas a Obama, disse que explicará "porque sou um democrata independente que vota pelo senador McCain". Com informações da Associated Press e da Dow Jones.