O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu hoje apoio a uma emenda constitucional que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Modificar a definição do matrimônio estremeceria a estrutura familiar", afirmou Bush ao mesmo tempo em que o Senado iniciava o debate sobre o tema.
O presidente criticou os juízes que revogaram leis estaduais similares. "O casamento é a instituição mais fundamental da civilização e não deveria ser redefinido por juízes ativistas", afirmou.
O casamento tradicional (entre um homem e uma mulher), disse o presidente, é o fundamento de uma sociedade saudável e o assunto deveria "voltar ao local que pertence: às mãos da população americana". Existem poucas possibilidades de que a emenda constitucional promovida por Bush ocorra num futuro próximo. É praticamente improvável que uma das duas casas do Congresso aprove a emenda com a maioria de dois terços necessária. Depois, três quartos dos Estados deveriam ratificá-la.
Muitos republicanos apóiam a medida porque, segundo dizem, o matrimônio tradicional fortalece a sociedade. Outros não a apóiam, mas admitem que ganhariam muitos votos num ano eleitoral. Em novembro ocorrerão as eleições legislativas.
"O casamento entre um homem e uma mulher protege melhor as crianças que qualquer outra instituição da espécie humana concebida", disse o líder da maioria no Senado, o senador republicano Bill Frist. "Como tal, o matrimônio é uma instituição que deve ser protegida, não redefinida".
Para o líder democrata no Senado, Leader Harry, que afirma ser favorável ao casamento como uma união entre um homem e uma mulher, "a razão para este debate é dividir a nossa sociedade, nos colocar uns contra os outros".