Duas de três amostras prometidas de vírus de gripe aviária que atingiram humanos recentemente na China chegaram aos Estados Unidos, informou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS). Este foi o primeiro envio de amostras da China em um ano. Elas incluem um caso registrado em 2006 em Xinjiang e outro na província de Fujian em 2007, afirmou Joanna Brent, porta-voz do escritório da OMS em Pequim. Mas uma mostra de vírus que infectou um soldado que morreu em 2003 em Pequim não foi enviada, disse ela.
Em abril, o Ministério da Saúde prometeu mandar uma amostra desse caso, que só foi confirmado no ano passado após novos testes. Segundo o Ministério, "procedimentos para compartilhar a amostra de 2003 envolvem o Exército e são extremamente complexos", disse a porta-voz. O Exército chinês geralmente é muito discreto em relação a suas operações.
Compartilhar amostras de vírus não é obrigatório pela OMS, mas é necessário para produzir ferramentas de diagnóstico e vacinas. Segundo especialistas, a falta de cooperação pode prejudicar os esforços para rastrear doenças, desenvolver vacinas e outras estratégias para combatê-las. No passado a China não mostrou boa vontade para compartilhar amostras.
DesvantagemPaíses em desenvolvimento argumentam que o sistema existente de compartilhamento incondicional de amostras deixa as nações mais pobres em desvantagem. Isso porque elas não poderiam arcar com os custos das vacinas comerciais. Esses países acreditam que seria ainda mais injusto se as vacinas vendidas por empresas com sede em países ricos fossem criadas a partir de amostras enviadas a OMS por nações pobres. Com informações da Dow Jones.