O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou nesta quarta-feira qualquer plano para agredir outra Nação, diante das recentes críticas pela compra de armamento russo.
"A Venezuela não tem planos para agredir ninguém", disse Chávez em um telefonema de Moscou para a TV estatal venezuelana.
"Como todo país soberano, temos o direito à defesa e estamos nos equipando para defender nosso território, nosso povo, nossos recursos, nosso sistema político e nosso projeto bolivariano".
"O Exército venezuelano só saiu de suas fronteiras com armas para libertar outros povos, para lutar contra o colonialismo e o imperialismo", disse o presidente, em referência ao libertador Simón Bolívar, no início do século XIX.
No momento, Chávez visita a Rússia, país do qual comprou 100 mil fuzis Kalashnikov, 30 helicópteros de combate e 24 aviões de caça Sukoi 30.
A ministra chilena da Defesa, Vivianne Blanlot, disse na véspera durante um encontro com seu homólogo americano, Donald Rumsfeld, que é preciso "observar" as compras de armas da Venezuela, que "está muito mais ativa que os demais países em matéria de defesa e compra de armamentos".