A Venezuela poderá vender armas para a Bolívia e "outros países amigos", caso os Estados Unidos suspendam o fornecimento de armamentos para a região, disse nesta sexta-feira o presidente Hugo Chávez.
"Na Bolívia, os fuzis usados pelas tropas de assalto dos batalhões de elite são americanos. E agora estão ameaçando suspender tudo isto. Evo (Morales, presidente boliviano) não vai se dobrar", disse Chávez em um programa transmitido diretamente do Qatar, onde está em visita.
"Poderemos fornecer (armas) para outros países amigos, que também precisam de mínimos elementos de defesa".
"Possivelmente no futuro nos tornaremos um país exportador" de armas, assinalou Chávez, que acaba de firmar com a Rússia uma série de contratos para a compra de 100 mil fuzis Kalashnikov, 53 helicópteros de ataque e 24 caças Sukoi 30.
Os contratos também prevêem a transferência de tecnologia, com a instalação na Venezuela de fábricas de fuzis e munições.
Segundo o governo venezuelano, as fábricas produzirão as primeiras armas nos próximos três anos.
Chávez realiza uma viagem ao exterior que já o levou à Argentina, Bielo-Rússia, Rússia e Qatar. O líder venezuelano visitará ainda Irã e Benin.