Cerca de 200 pessoas se reuniram hoje em Auschwitz para homenagear os ciganos mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. A homenagem ocorreu no aniversário de 62 anos da execução dos últimos 2.900 ciganos nas câmaras de gás do campo de concentração na Polônia. Roman Kwiatkowski, presidente da Associação dos Romas da Polônia, exigiu mais empenho das autoridades locais para homenagear os ciganos, também conhecidos como romas, mortos nos campos da Europa ocupada.
"Em lugares como Sobibor, Belzec, Hodonin e Lety jazem os restos mortais de muitos de nossos conterrâneos, vítimas do genocídio nazista", disse Kwiatkowski. "Há muito a se fazer ainda para que os romas assassinados sejam devidamente homenageados", disse ele.
Estima-se que cerca de meio milhão de ciganos tenham sido mortos nas câmaras de gás dos campos de concentração onde os nazistas executaram grande parte de suas vítimas. O número exato, porém, é desconhecido. Muitos ciganos foram esterilizados ou submetidos a cruéis experiências médicas na época.
Acredita-se que os nazistas liquidaram os últimos ciganos do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau em 2 de agosto de 1944. A maior parte deles teria morrido nas câmaras de gás. Crianças, mulheres e idosos estavam entre as vítimas. Outros foram enviados a fábricas alemãs para trabalhos forçados.