A chamada dieta mediterrânea, baseada em frutas, legumes, azeite e moderação nas carnes e laticínios, pode reduzir os riscos do mal de Alzheimer, por razões ainda desconhecidas, disseram pesquisadores na segunda-feira.
A conclusão do Centro Médico da Universidade Columbia (Nova York) foi feita a partir de exames em 1.984 adultos com idade média de 76 anos, dos quais 194 já tinham o mal de Alzheimer. Os pesquisadores analisaram a dieta deles nos 12 meses anteriores, tentando encaixá-la ou não na dieta mediterrânea.
Após levar em conta outros possíveis fatores de risco para a doença, como idade e peso, os pesquisadores concluíram que, entre o terço da amostra que mais adota a dieta mediterrânea, a chance de desenvolver o mal de Alzheimer era 68 por cento menor do que no terço que menos adota essa dieta. O grupo intermediário tinha uma chance 53 por cento menor.
O estudo, publicado na revista Archives of Neurology, disse haver crescentes evidências de que a dieta mediterrânea reduz o risco de derrame, doenças cardíacas e diabete, o que sugere que fatores vasculares podem contribuir com as chances de desenvolver o mal de Alzheimer, principal causa de demência entre idosos.
"Mas, quando consideramos os fatores de risco vascular em nossos modelos, a associação entre a dieta mediterrânea e o mal de Alzheimer não mudou", disse o estudo, indicando que o aparente efeito protetor da dieta pode se dar por outras vias.
Em outro estudo na mesma publicação, pesquisadores do Instituto Karolinska (Estocolmo, Suécia) disseram que suplementos alimentares com o ácido graxo ômega-3 podem reduzir o declínio mental em pacientes com casos muito brandos do mal de Alzheimer, mas não parecem eficazes em casos mais avançados.