A Casa Branca se manifestou hoje contrária à possibilidade de a ONU abrir uma investigação sobre o assassinato da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto e disse que apóia a participação da Polícia britânica no caso.
A porta-voz presidencial americana, Dana Perino, rejeitou por enquanto a possibilidade de estabelecimento de um tribunal internacional como o formado para julgar os assassinos do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri.
"Acho que é apropriado e necessário que a Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) dirija a investigação, e não vemos necessidade de outra investigação neste momento", declarou Perino em entrevista coletiva.
O Partido Popular (PPP) do Paquistão, que era liderado por Bhutto, solicitou que a ONU desenvolva uma investigação do assassinato, ocorrido no último dia 27 em um atentado no qual também faleceram pelo menos outras 20 pessoas.
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, disse hoje ter solicitado assistência ao primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e anunciou a chegada imediata ao país asiático de uma equipe da Scotland Yard.
Os EUA receberam como algo positivo esse passo. "Respaldamos a decisão e achamos que é a correta", afirmou Perino.
Por sua parte, Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado, indicou que os Estados Unidos estão "preparados para ajudar (na investigação)" caso esse auxílio venha a ser solicitado.
"Será muito importante que as provas sejam facilitadas a Scotland Yard e aos funcionários paquistaneses que desenvolvem a investigação", acrescentou em entrevista coletiva.
O Governo dos EUA também recebeu de forma positiva a decisão da Comissão Eleitoral paquistanesa de adiar as eleições parlamentares no país, apesar da nova data supor um atraso de 40 dias com relação à estabelecida antes do assassinato de Bhutto.
"Estamos satisfeitos que tenham marcado uma data fixa para as eleições e que todos no sistema político paquistanês possam ter confiança de que o pleito será realizado nesse dia", afirmou McCormack.