O ex-presidente paraguaio Luis González Macchi e sua esposa, Susana Galli, compareceram nesta quinta-feira à primeira audiência de um processo aberto contra eles por enriquecimento ilícito, o quarto contra o mandatário que governou o país entre 1999 e 2003.
A promotoria espera que o tribunal de primeira instância, composto por três magistrados responsáveis pelo processo, determine a sentença antes de 19 de novembro, caso contrário, corre risco de prescrever e, depois, ser arquivado.
O processo contra o ex-presidente e sua esposa começou após a descoberta, em 2004, de uma conta bancária na Suíça em nome do casal, na qual foram depositados cerca de 1 milhão de dólares ainda quando Macchi estava no poder.
"Estamos iniciando o processo e, até agora, não houve nenhum incidente (...) solicitaremos que se habilite um horário extraordinário para poder terminar o antes possível", disse a jornalistas o promotor René Fernández.
Ele disse estar com receio de que os advogados de defesa do casal acusado incentivem incidentes para estender o processo.
As leis paraguaias castigam o delito de enriquecimento ilícito com penas até dez anos de prisão.
Antes da audiência, González Macchi disse que o dinheiro faz parte de um patrimônio familiar e não foi declarado às autoridades competentes por problemas administrativos.
A ex-primeira-dama afirmou confiar em uma decisão favorável para ela e o marido. "Ainda temos confiança na Justiça paraguaia", disse.