Israel mantém hoje sua ofensiva contra o norte da Faixa de Gaza, promovendo ataques aéreos e terrestres durante os quais pelo menos quatro palestinos morreram, mas uma reunião no Egito com a presença do líder supremo do grupo radical islâmico Hamas passou a alimentar esperanças de que a violência poderia ser contida em breve.
Exilado na Síria, o líder supremo do Hamas, Khaled Meshal estava hoje no Cairo para discutir com diplomatas egípcios a possível libertação de um soldado israelense e a formação de um governo de unidade nacional nos territórios palestinos, disse Moussa Abu Marzouk, vice de Meshal. Nos episódios de violência de hoje, pelo menos quatro palestinos morreram em episódios distintos ocorridos durante a incursão israelense contra Beit Lahiya, no norte de Gaza.
Segundo o Exército de Israel, dois dos quatro palestinos mortos eram militantes que disparavam foguetes rústicos na direção de alvos israelenses. O grupo radical Jihad Islâmica informou que ambos pertenciam a suas fileiras. Em outro ponto da cidade, aviões de combate israelenses despejaram bombas sobre supostos militantes palestinos, provocando a morte de pelo menos duas pessoas, disseram testemunhas. O Exército israelense confirmou ter bombardeado a região.
No norte de Gaza, militantes palestinos provocaram uma explosão perto de soldados israelenses, informou o Exército. Não há informações sobre vítimas até o momento. Suspeita-se que a explosão tenha sido provocada por uma mulher-bomba. Apesar da ofensiva israelense, pelo menos cinco foguetes palestinos caíram hoje em Israel. Também não há informações sobre vítimas nesses ataques.
Diversas nações árabes e ocidentais têm tentado convencer israelenses e palestinos a retornarem ao diálogo. O mais ativo desses países é o Egito, que tenta mediar um acordo para a libertação de um soldado israelense capturado por militantes palestinos no fim de junho. O Egito também está envolvido nos esforços para a composição de um governo palestino mais moderado, ainda que liderado pelo Hamas, vencedor das eleições gerais de janeiro nos territórios palestinos.