O ator Mel Gibson disse que seus impropérios anti-semitas após ser preso embriagado em meados deste ano foram "só o murmurar estúpido de um bêbado", e pediu ao público que não o veja como um monstro.
Em entrevista ao programa "Good Morning America", que vai ao ar na quinta e na sexta-feira, Gibson disse que precisa se curar, além de "aplacar os temores dos outros e curá-los se eles tiveram o coração machucado por algo que eu disse".
"Foi só o murmurar estúpido de um bêbado, e a última coisa que eu quero é ser um monstro", afirmou.
Gibson foi detido em julho sob suspeita de dirigir embriagado na Califórnia. Segundo trechos do boletim de ocorrência que vieram a público, ao ser preso ele acusou os judeus de começarem todas as guerras do mundo e exigiu saber se o policial que o detia era judeu.
O incidente virou notícia no mundo todo, atrai críticas de líderes judeus e provocou especulações de que a carreira de Gibson em Hollywood seria irreparavelmente afetada.
O ator foi condenado a se submeter a um programa de reabilitação para alcoólatras e, por meio de um assessor, divulgou um pedido de desculpas.
A ABC divulgou trechos da entrevista na terça-feira. Na última entrevista que dera à apresentadora Diane Sawyer, em 2004, negou que ele ou seu filme "A Paixão de Cristo" fossem anti-semitas. Em dezembro, o ator lança seu novo filme, "Apocalypto".