A líder do Partido Libertação Nacional (PLN) no Parlamento da Costa Rica, Mayi Antillón, manifestou nesta terça-feira seu temor de que a Venezuela financie uma campanha para que os cidadãos rejeitem um tratado de livre comércio com os Estados Unidos.
Durante um discurso pronunciado no plenário do Congresso em ocasião do primeiro ano de governo do presidente Oscar Arias, Antillón disse que é preciso verificar se o governo Hugo Chávez não se intrometerá em assuntos internos da Costa Rica.
Antillón disse que corresponderá ao Supremo Tribunal de Eleições (TSE) "verificar a procedência dos recursos para financiar a campanha do sim, a qual asseguramos aos costarriquenhos é 100% nacional, mas tememos que a do não (ao TLC), tenha apoio daqueles governos com os quais eles se simpatizam, como o é o caso do Governo da Venezuela".
Os costarriquenhos definirão em uma data ainda não estabelecida se apóiam o TLC ou se o rejeitam em uma consulta popular, convocada pelo TSE com o objetivo de evitar um confronto social e a violência.
O governo de Arias e os grupos empresariais apóiam plenamente o TLC, mas organizações sociais, sindicatos, universidades e outros grupos não querem o tratado por considerar que desmantelará o Estado social estabelecido na Costa Rica em meados do século passado.