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O caso do baiano Wilson Borges Ferreira, 23 anos, preso na madrugada do dia 8 de setembro quando estava em uma rua da localidade de Esplugues de Llobregat, próximo a Barcelona, na Espanha, continua sendo acompanhado pelas autoridades brasileiras no país europeu, em meio a uma série de controvérsias.
A polícia e a justiça espanholas afirmam que Wilson é um delinqüente conhecido, há algum tempo procurado pela polícia, sob a acusação de ter praticado vários assaltos contra taxistas, crimes dos quais admitiu ser culpado após sua prisão.
Por outro lado, o jovem baiano e seus familiares alegam que o rapaz é inocente e foi preso arbitrariamente, depois de ser confundido com outra pessoa. Relatos do pai, mãe e namorada de Wilson afirmam que ele garante ter sido preso injustamente, sendo levado à delegacia, onde foi espancado durante três dias até ser forçado a assinar a confissão pelos assaltos.
COMUNICADO – Diante da situação, a Adidância de Interior da Embaixada da Espanha no Brasil encaminhou ontem a A TARDE o comunicado:
“Em relação às informações aparecidas em meios de comunicação do Estado da Bahia, a Adidância do Interior da Embaixada da Espanha informa que o Sr. Wilson Borges Ferreira foi detido pela Polícia Autônoma Catalana no dia 8 de setembro de 2008, na localidade barcelonesa de Esplugues de Llobregat, junto com outra pessoa de origem guineana, como presunto autor de um delito continuado de roubo com violência e intimidação.
Ditos roubos eram perpetrados contra taxistas aos que ameaçavam com uma faca de grandes dimensões para substrair-lhes dinheiro.
No mesmo dia da detenção, o Sr. Borges Ferreira foi posto à disposição judicial após prestar declaração ante a polícia, na qual reconheceu haver cometido ao menos três roubos a taxistas e haver sido reconhecido pelas vítimas.
O juiz de instrução de Esplugues de Llobregat decretou o ingresso em prisão preventiva, situação na que se encontra o Sr. Borges Ferreira. O caso do Sr. Borges Ferreira está permanentemente sob a tutela do juiz competente, pelo que evidentemente não houve violação dos seus direitos”.