O Grupo do Rio decidiu hoje, em sua 19ª Cúpula, manter as tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) neste país, informou o presidente da República Dominicana, Leonel Fernández.
Esta postura foi expressada pelos integrantes do grupo em uma declaração anexa ao documento final da cúpula, realizada na Guiana.
O texto expressa o interesse do bloco "em dar continuidade à situação" no país, segundo Fernández.
Além disso, o Grupo do Rio "está de acordo com a manutenção do grupo da Minustah no Haiti como forma de fortalecer as instituições democráticas no país", acrescentou o presidente dominicano.
Fernández lamentou que a comunidade internacional não tenha fornecido anteriormente a esta nação "todo o apoio necessário" e não tenha dado resposta "aos problemas mais urgentes da população para ganhar mais credibilidade".
"Pelo contrário, o que se nota é uma tendência rumo à violência, à criminalidade e a seqüestros, que ocorrem com muita freqüência" em território haitiano, denunciou.
Ao enfatizar seu apoio à presença de capacetes azuis na ilha, da qual a República Dominicana é o vizinho mais próximo, Fernández ressaltou que a Minustah "não pode ser vista como uma intervenção militar, como a presença de tropas estrangeiras que quebrarão a soberania de um país".
Sobre o tempo que acredita que a Minustah deveria permanecer no país, o presidente defendeu que fique "o tempo que for necessário para que o país encontre o caminho da estabilidade e possa ser criado um mínimo de condições econômicas e sociais para que avance rumo à prosperidade".
A 19ª Cúpula do Grupo do Rio foi encerrada hoje em Georgetown, capital de Guiana, e contou com a presença dos presidentes de Brasil, México, Chile, República Dominicana, Honduras, Panamá, Nicarágua, além do anfitrião.
Também estiveram os vice-presidentes do Equador, Colômbia e Peru e os chanceleres da Argentina, Paraguai, Costa Rica e Venezuela.