Um funcionário da rede de televisão privada libanesa LBCI morreu e outro foi ferido nos bombardeios deste sábado da aviação israelense a torres de telecomunicações no norte de Beirute, ao mesmo tempo em que dezenas de blindados israelenses ultrapassavam a fronteira libanesa, pela primeira vez desde a invasão deste país em 1982.
De acordo com imagens de canais não atingidos, as torres de transmissão da Televisão Libanesa (oficial) e de várias redes privadas de televisão e rádio, entre elas o canal libanês LBC e a Future TV (da família Hariri), foram destruídas pelo bombardeio das forças israelenses.
"Temos um morto e um ferido em Fatka", na montanha de Kesruan, a nordeste de Beirute, informou um funcionário da LCBI que pediu para não ter o nome divulgado.
Sábado passado, as forças israelenses destruíram os radares do exército libanês instalados no litoral.
A população libanesa teme viver uma situação semelhante à de há 24 anos.
Segundo a edição deste sábado do jornal New York Times, os Estados Unidos aceleraram a entrega de uma partida de bombas de precisão encomendadas por Israel na semana passada, assim que começaram os bombardeios contra posições do Hezbollah no Líbano.
No terreno, a Resistência Islâmica, braço armado do Hezbollah, assumiu neste sábado em comunicado os disparos de foguetes contra a cidade portuária israelense de Haifa que causaram 19 feridos.
Em 1982, os israelenses derrotaram os combatentes palestinos ao sul do Líbano e obrigaram a OLP e a seu líder Yasser Arafat a abandonarem Beirute sob escolta francesa. A chamada operação "Paz na Galiléia" deixou o Líbano em ruínas e mais de 20.000 mortos.
A ocupação israelense aguçou as diferenças comunitárias, arruinou o país e deu nascimento, precisamente, ao Hezbollah.