A juíza britânica que conduz inquérito que apura a morte da princesa Diana e de seu namorado Dodi al Fayed rechaçou o pedido para que a rainha Elizabeth II fosse ouvida no processo. "Creio que não haja precedente para tanto", comentou a dama Elizabeth Butler-Sloss, uma juíza aposentada da vara de família que conduzirá o inquérito por mais alguns meses.
O pedido para que a rainha fosse ouvida foi feito pelos advogados de Mohamed al Fayed, pai de Dodi. Diana e Dodi perderam a vida em uma batida de carro ocorrida quando fugiam de paparazzi que os perseguiam pelas ruas de Paris em 31 de agosto de 1997. A questão veio à tona logo depois de uma declaração do ex-mordomo de Diana, Paul Burrell, que alegou ter sido alertado pela rainha de que "existem poderes que fazem parte desse país dos quais ninguém tem conhecimento".
Michael Mansfield, advogado de Al Fayed, disse que os documentos fornecidos à sua equipe pela polícia não continham nenhuma menção à suposta advertência feita pela rainha a Burrell e sugeriu que ela deveria ser ouvida para falar sobre o assunto.
Segundo Manfield, as menções à suposta advertência foram apagadas pela polícia. Apesar de ter rejeitado a convocação da monarca, a juíza deixou em aberto a possibilidade de que o material apagado seja entregue aos advogados de Al Fayed, que alega que Diana e seu filho foram vítimas de uma conspiração envolvendo o marido da rainha Elizabeth II, príncipe Phillip.