Trípoli - A presença das forças do governo líbio ao redor de Benghazi não viola as regras do cessar-fogo, e o Exército não tem planos de atacar o reduto rebelde no leste do país, afirmou uma autoridade do Ministério do Exterior na sexta-feira, 18.
"Quanto à presença do Exército nas cidades líbias, consideramos isso importante para a segurança dos cidadãos. Não viola o cessar-fogo", garantiu a repórteres o vice-chanceler, Khaled Kaim.
"O cessar-fogo significa nenhuma operação militar, pequena ou grande. O outro ponto é que as forças armadas estão agora fora de Benghazi e não têm intenção de entrar na cidade."
Kaim afirmou que desde o anúncio do cessar-fogo, na manhã de sexta-feira, as forças do governo não realizaram nenhuma ação militar.
"Não tivemos bombardeios de quaisquer tipos desde que o cessar-fogo foi declarado", disse ele quando questionado sobre notícias de operações das tropas leais ao líder líbio, Muammar Gaddafi, em Misrata e outras partes do país.
Ataque - Os insurgentes líbios afirmaram nesta sexta que as tropas de Muammar
Kadafi seguem em direção a Benghazi e chegaram a 50 quilômetros do
reduto rebelde. Estas informações foram divulgadas pouco tempo após
França, Estados Unidos, Reino Unido e alguns países árabes darem um
ultimato à Líbia para que os ataques contra civis cessem
"imediatamente".
Um correspondente da emissora "Al Jazeera" assegurou que em
Ajdabiya, a 160 quilômetros de Benghazi se produziu nesta noite um forte
bombardeio, embora não especificou se foi das Forças de artilharia,
tanques ou de outro tipo.
A direção militar dos
rebeldes pediu a suas tropas em comunicado, divulgado por sua rádio
oficial, a dirigir-se em direção a cidade de Al Malgrun, a 50
quilômetros ao sul de Benghazi para "bloquear as Forças de Kadafi" e
afirmou que estas avançam para rumo a segunda maior cidade Líbia e
capital do leste do país.
"Chamamos os soldados e oficiais a
tomar as armas e a comparecer rapidamente a Al Magrun para defender a
entrada de Benghazi", disse o comando militar insurgente.