O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain, defendeu que a estratégia americana no Iraque seja usada no Afeganistão, e criticou seu rival democrata Barack Obama por sua proposta de estratégia para o Iraque. McCain respondia a pergunta "Quais são as lições do Iraque?" no primeiro debate presidencial das eleições americanas, na noite de hoje, na Universidade do Mississippi.
"O senador Obama se recusa a admitir que estamos vencendo no Iraque", disse McCain. "Não é verdade", contestou Obama.
"Precisamos de mais tropas no Afeganistão. Não podemos separar o Afeganistão do Iraque", disse Obama.
"A estratégia do Iraque é a que usaremos no Afeganistão", disse McCain, que citou a recente transferência do comandante americano no Iraque, o general David Petraeus, para o Afeganistão. "A estratégia irá funcionar no Afeganistão", disse McCain. "Nós venceremos no Afeganistão", disse McCain.
Em certo ponto, ele acusou Obama de defender o bombardeio do Paquistão, aliado dos EUA na guerra ao terror, mas cujas relações com Washington estão estremecidas, após as constantes incursões americanas contra o Taleban em território paquistanês perto da fronteira afegã.
"Ninguém falou em atacar o Paquistão"", disse Obama. "Durante dez anos, apoiamos Musharraf e alienamos o povo paquistanês e gastamos lá US$ 10 bilhões", disse Obama, que disse que a ajuda ao Paquistão precisa ser reavaliada.
"Não estou preparado para cortar a ajuda ao Paquistão. Temos que apoiar o povo do Paquistão e ajudar o governo paquistanês. Precisamos conseguir a cooperação do povo paquistanês na luta contra a Al-Qaeda e o Taleban", disse McCain.