Washington - O congressista republicano Peter King pediu
para que o Governo dos Estados Unidos investigue a organização WikiLeaks
e que analise a possibilidade de incluí-la na lista de grupos que
Washington considera terroristas.
King, de Nova York, se
manifestou depois que a WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos,
alguns deles secretos, referentes principalmente às comunicações do
Departamento de Estado com mais de 270 embaixadas, consulados e missões
diplomáticas dos EUA no mundo todo.
O senador independente de
Connecticut, Joseph Lieberman, que preside o Comitê de Segurança
Nacional, disse que as divulgações arriscaram a vida de muitas pessoas.
Os
senadores Claire McCaskill, democrata do Missouri, e Lindsey Graham,
republicano da Carolina do Sul, também criticaram duramente a WikiLeaks,
durante entrevistas em programas da televisão, e disseram que as
informações divulgadas poderiam prejudicar a diplomacia dos EUA no mundo
todo.
King, que avaliou a divulgação dos documentos como "pior
que um ataque militar", pediu ao Departamento de Justiça e ao
Departamento de Estado alguma ação contra WikiLeaks e seu fundador,
Julian Assange.
King ainda pediu ao secretário da Justiça, Eric Holder, que processe Assange sob a Lei de Espionagem dos Estados Unidos.
Graham
admitiu que ele não sabe exatamente de que maneira a exposição pública
dos documentos prejudica os Estados Unidos, mas acrescentou: "Estamos em
guerra. O mundo torna-se a cada dia mais perigoso".
McCaskill declarou que as pessoas que publicam esses documentos deveriam fazer um exame de consciência sobre seu patriotismo.
"Espero que possamos descobrir de onde vem isto e que possamos punir os que entregaram as informações", ressaltou a senadora.