Centenas de sindicalistas mexicanos foram às ruas no centro da Cidade do México nesta manhã para apoiar imigrantes que vivem e trabalham nos Estados Unidos e para pedir o boicote a empresas dos EUA, numa ação chamada "Um dia sem imigrantes".
Ao menos seis governadores mexicanos apoiaram o boicote a empresas como McDonald´s, Wal-Mart e centenas de outras companhias norte-americanas. No entanto, medir o impacto do protesto é difícil, pois no feriado do Dia dos Trabalho o comércio já é normalmente mais fraco do que o normal.
A gerente de uma loja da cadeia de fast-food Burger King, Marina Serna, avaliou, no entanto, que houve prejuízos. Segundo ela, a loja teve apenas um cliente na primeira 1 hora e meia de funcionamento - apesar de os donos da franquia serem mexicanos.
O movimento sindicalista - que tradicionalmente promove ações no 1º de Maio - dedicou a marcha deste ano à legalização de trabalhadores mexicanos nos Estados Unidos.
Oficiais do governo mexicano tentaram ficar distantes dos protestos no México e nos EUA. O presidente mexicano, Vincent Fox, pediu prudência aos manifestantes. "Eles (os manifestantes) não devem ser um elemento de provocação ou que promova a xenofobia", disse Fox.
A marcha de hoje deve passar em frente à embaixada dos EUA onde o líder zapatista subcomandante Marcos também planejou um ato em apoio ao boicote.