Centenas de cristãos rezaram pela paz em um protesto antiguerra na Catedral Nacional de Washington, capital dos Estados Unidos, marcando o começo de uma semana que deve ter manifestações em todo o mundo por conta dos quatro anos de invasão no Iraque. Segundo informações do jornal espanhol El País, na sexta-feira centenas de manifestantes foram presos em frente à Casa Branca, para onde eles marcharam, sob frio e neve, com velas acesas.
Os protestos devem continuar durante toda a semana, já que no dia 20 de março faz quatro anos que o exército da coalizão invadiu o Iraque. Enquanto faziam o protesto, as janelas da Casa Branca permaneciam fechadas e as luzes apagadas, já que o presidente George W. Bush passa o fim de semana na residência de Camp David, em Maryland.
Segundo o El País, na tarde deste sábado, Madri deve ser palco de outra manifestação contra a guerra que já causou mais de 650 mil mortos. Apenas nos países da União Européia, a expectativa é de haja mais de mil protestos. As primeiras concentrações antiguerra, entretanto, foram feitas na Austrália, em cidades como Sydney e Melbourne.
Segundo informações do jornal britânico The Times, nos Estados Unidos, os protestos deste sábado devem começar no Memorial aos Veteranos do Vietnã, também em Washington, demonstrando que os americanos fazem um paralelo entre a guerra no Iraque e a de 40 anos atrás, no Vietnã. O protesto deve fazer o mesmo trajeto de manifestantes de 1967, que foram até o Pentágono mostrar indignação contra a guerra.
Organizadores do protesto afirmam que, como agora, em 1967 a guerra chegava em um ponto crucial, quando a maioria dos americanos se opunham ao conflito. Pesquisas de opinião mostram que há mais apoio para a retirada do Iraque do que havia, há 40 anos atrás, para a saída das tropas do Vietnã.