Uma mulher-bomba atacou hoje o xeque Thaeir Ghadhban al-Karkhi, líder de uma milícia sunita que voltou-se contra a Al-Qaeda no Iraque depois de aliar-se aos Estados Unidos, provocando a morte do comandante miliciano, informaram o irmão dele e um oficial da polícia local. Além de Kharki, uma sobrinha de cinco anos, um primo de 24 anos e um guarda-costas do líder miliciano morreram no ataque suicida perpetrado na província de Diyala, a nordeste de Bagdá.
Duraid Mahmoud, irmão do xeque, disse à Associated Press que testemunhou o ataque, ocorrido dentro da casa de Kharki. Uma fonte na polícia que pediu para não ser identificada confirmou o atentado. Mahmoud relatou que a mulher-bomba foi ontem à casa do xeque para pedir ajuda porque seu marido teria sido seqüestrado. Mahmoud disse tê-la recebido e informado a ela que seu irmão a receberia hoje.
A mulher, então, retornou nesta à casa do líder miliciano e detonou o cinturão explosivo que levava atado ao corpo ao aproximar-se do xeque. Kharki morava em Kanaan, uma cidade predominantemente sunita situada 20 quilômetros ao leste de Baquba. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até o momento. A Al-Qaeda no Iraque tem atacado líderes sunitas que deixaram de apoiá-la e passaram a lutar ao lado dos EUA contra os rebeldes. O comando militar americano informou que estava investigando o incidente, mas não dispunha de detalhes.