A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, manifestou hoje a esperança de que a acusação segundo a qual um fuzileiro naval americano teria estuprado uma adolescente japonesa não abale as relações entre Washington e Tóquio em um momento no qual ela busca a ajuda do Japão para pressionar a Coréia do Norte a abandonar definitivamente seu programa nuclear.
Depois de ter ordenado ao principal diplomata americano na Ásia que ficasse na China para tentar aproveitar oportunidades promissoras de levar adiante o desarmamento norte-coreano, Rice viajou ao Japão numa tentativa de aplacar a revolta da população local por causa de uma nova acusação de estupro apresentada contra um militar americano.
"Nós certamente esperamos que isso não tenha efeito duradouro. Nossa aliança é antiga e forte", disse ela. "Nosso interesse atual é que a justiça seja, que se vá a fundo. Também nos preocupa a situação da menina e de sua família. Nós realmente lamentamos isso profundamente", declarou a chanceler americana.
A recente detenção de um fuzileiro naval americano suspeito de ter estuprado uma jovem de 14 anos em Okinawa, no sul do Japão, inflamou a revolta popular contra a presença militar dos Estados Unidos no país asiático. Os EUA mantêm cerca de 50 mil soldados no Japão.