Um especialista das Nações Unidas criticou as leis contra o terrorismo dos Estados Unidos, manifestou preocupação com o uso de comitês militares para julgar civis e disse que há evidências de que a CIA violou a lei internacional de direitos humanos.
Martin Scheinin, jurista independente da Finlândia nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, já havia criticado antes a elaboração de perfis de terroristas com base em origem étnica e religiosa como "estereotipação infundada".
Seu relatório mais recente, elaborado após reuniões com diplomatas e autoridades americanas, diz que é "lamentável que diversos mecanismos importantes de proteção dos direitos tenham sido removidos ou ofuscados pela lei e pela prática desde os eventos de 11 de setembro".
Scheinin destaca, em suas críticas, a Lei Patriótica, a Lei do Tratamento de Detentos e a Lei das Comissões Militares, além de programas secretos. Um porta-voz da missão diplomática americana em Genebra, que pediu para não ser identificado, deplorou o relatório e disse que Scheinin repete críticas injustas e simplistas aos EUA.