As operadoras de telefonia celular precisam repensar seus modelos de negócios para adotarem um bancado por publicidade, em vez de planos que confiam no recebimento de receitas com assinaturas, cada vez mais pressionadas pela competição, afirmou uma empresa de pesquisa nesta terça-feira.
"No futuro, um modelo de negócios celular pode se parecer muito com a economia da banda larga e da Internet, na qual a operadora cobra pelo acesso à Internet e obtém receitas de publicidade", disse Mark Newman, diretor de pesquisa da Informa Telecoms & Media.
Operadoras celulares já começaram a abraçar a tendência, afirma a Informa, citando recentes movimentos do Vodafone Group e da 3, do grupo Hutchinson Whampoa . Essas empresas oferecem serviços mais baratos para consumidores que aceitem receber propaganda em seus celulares.
A Vodafone, maior operadora móvel do mundo fora da China, anunciou na semana passada um acordo com o Yahoo que permitirá aos consumidores que aceitarem publicidade dirigida em seus aparelhos receber descontos por serviços da empresa.
A Informa espera que o investimento mundial em publicidade dirigida em celulares cresça de 871 milhões de dólares este ano para 11,35 bilhões de dólares até 2011. A expectativa é que os celulares se transformem na próxima fronteira aos anunciantes.
Uma pesquisa entre mais de 1.800 profissionais da indústria conduzida pela Informa mostra que 65 por cento dos entrevistados sentem mais confiança sobre o futuro da indústria de telefonia celular.
Entre as operadoras, muitas das quais estão sentindo redução no crescimento de receitas junto com aumento de regulamentação e mudanças de tecnologia, o número ficou em 54 por cento, segundo a Informa.