Mulheres palestinas participam de uma concentração para celebrar o Dia Internacional da Mulher em Hébron, na Cisjordânia. Elas aproveitaram a ocasião para pedir o fim do bloqueio e dos ataques israelenses à Faixa de Gaza. Mulheres de outros países aproveitam a data para fazer protestos em suas cidades.
Em Cabul, cerca de mil afegãs da cidade de Kandahar (sul) aproveitaram hoje o Dia Internacional da Mulher para desafiar as convenções e comemorar a ocasião após mais de três décadas de silêncio, disse à Agência Efe uma das organizadoras.
"Embora as mulheres quisessem se manifestar pela cidade e defender nossos direitos, as forças de segurança nos impediram", disse Mahsooma Noori, líder da Associação de Mulheres de Kandahar.
As participantes, segundo ela, queriam estender sua convocação para fazer um movimento nacional com a participação de um milhão de mulheres, mas a situação de segurança no Afeganistão e os problemas familiares das ativistas na conservadora sociedade afegã impediram isso de ocorrer.
"Algumas das participantes chegaram ao encontro em segredo, sem informar a sua família, o que mostra que as mulheres em Kandahar ainda não têm liberdade", disse Noori.
A representante contou à Agência Efe que muitas vestiam a tradicional "burka", comum em Kandahar, um dos redutos tradicionais dos insurgentes talibãs no sul do país.
Os talibãs, que atacaram no passado defensores dos direitos das representantes do sexo feminino, defendem a imposição da burka para todas as mulheres, assim como sua reclusão no lar e a privação de educação e emprego.