O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, atormentado pelas bombas mortais do ETA que abalaram um cessar-fogo de nove meses, desculpou-se hoje com a nação pelo "óbvio erro" cometido por ele ao colocar tanta esperança nas conversações de paz, afirmando que o grupo separatista basco tinha, ao invés disso, escolhido a rota do terror. "Com seu brutal ataque no dia 30 de dezembro, o ETA rompeu as negociações", disse Zapatero na câmara baixa do Parlamento. "Eles tomaram a pior decisão - criminosa, incorreta e inútil. Escolheram a rota do terror."
Zapatero disse que o atentado - que destruiu uma garagem fora do aeroporto de Madri e matou dois jovens equatorianos - arruinou as esperanças do povo e do governo espanhóis. O ataque aconteceu apenas 24 horas depois que Zapatero havia elogiado o sucesso das conversações de paz que ele tinha iniciado com o grupo, que exige a independência da região basca da Espanha. "Quero admitir o erro evidente que cometi diante de todos os cidadãos espanhóis", afirmou Zapatero. O primeiro-ministro começou seu discurso pedindo solidariedade para com as famílias das duas vítimas.