Militantes da Al Qaeda no Iraque estão enfraquecidos e não têm as bases de que precisam para planejar e executar ataques, disse o primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki em entrevista à televisão canadense na terça-feira.
Maliki, duramente criticado pelos Estados Unidos por não fazer o bastante para restabelecer a ordem no Iraque e por não conseguir abrir caminho para a estabilidade política, disse que foram feitos "imensos progressos" na melhoria da segurança.
"O que me leva a acreditar que haverá mais progressos é o fato de a Al Qaeda não comandar mais nenhuma base na qual ela pode viver, se organizar, planejar e executar ataques terroristas", disse o premiê à Canadian Broadcasting Corp.
"Ela perdeu sua base e as condições de segurança que a ajudavam a executar essas operações", disse Maliki por meio de um intérprete.
Os Estados Unidos dizem que a Al Qaeda é um dos grupos militantes que operam no Iraque planejando ataques contra suas tropas.
Maliki disse que a perseguição à Al Qaeda tem sido parte de um plano para evitar que o grupo reconstrua suas células. "Isso nos dá indicações e confiança de que nossa contínua caçada vai dissolver o que resta da Al Qaeda", disse.
O principal comandante norte-americano no Iraque, general David Petraeus, disse, em depoimento ao Congresso nesta semana, que os progressos feitos no Iraque permitem a retirada de 30 mil soldados dos EUA do país em julho do ano que vem. O governo iraquiano concorda.
"A retirada não será repentina nem maior do que as necessidades de segurança do Iraque. Ela será apropriada e proporcional à necessidade de ter essas tropas", disse Maliki.
O premiê afirmou que as forças iraquianas precisam de mais tempo para assumir responsabilidade integral pela segurança e outras autoridades iraquianas alertaram que uma retirada súbita dos militares norte-americanos deflagraria uma guerra civil.