A manutenção da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) é indispensável para a estabilização do país, defendeu hoje (18) o doutor em Relações Internacionais da Universidade de Santa Maria, do Rio Grande do Sul, Ricardo Seitenfus.
Segundo ele, o Haiti passa por um momento muito delicado de afirmação e de reconhecimento do governo eleito. Além disso, há um grande problema de segurança por todo o Haiti, principalmente na capital, Porto Príncipe, disse.
Seitenfus disse que a estabilização do país não deve ser feita somente pela presença militar. A presença da comunidade internacional no Haiti não pode ser feita unicamente através de uma presença militar, mas responder aos verdadeiros desafios da sociedade haitiana, que é a reconstrução do Estado, e a luta contra a fome, contra a miséria, afirmou.
Na sua avaliação, a presença da comunidade internacional no Haiti ainda vai durar por pelo menos cinco anos. Defendeu, no entanto, que a presença militar deve ser reduzida pouco a pouco pela presença de uma força policial nacional.
Seitenfus disse que o Brasil tem um papel importante para fomentar a cooperação da comunidade internacional na área social. Temos que encontrar um meio de realizar uma cooperação triangular. Eu vejo nesse sentido o papel do Brasil, disse.
Países com experiência na área de social, na área de agricultura familiar, na área de limpeza urbana podem ajudar a responder as demandas sociais do Haiti, afirmou.