Cerca de 3 mil jovens timorenses se manifestaram hoje nas ruas de Díli para pedir o fim da violência na cidade, onde morreram pelo menos sete pessoas nos últimos confrontos entre grupos rivais.
Os participantes, convocados por 17 chefes tribais, pediram também o fim da rivalidade étnica entre a comunidade "lorosae" (da parte leste do país) e a "loromonu" (do oeste).
"Pedimos ao Governo, à ONU e aos jovens que mantenham a lei e ordem, para que a harmonia, a paz e a tranqüilidade voltem a Díli", declarou à Efe Antonio Mauclau, um dos chefes tribais.
Ontem, a Polícia da ONU anunciou que havia encontrado os corpos de dois jovens decapitados no distrito de Bairopite.
Membros da escola de artes marciais Persaudaraan Setia confirmaram à Efe que as vítimas pertenciam ao grupo, que mantém diariamente brigas com outras associações desde semana passada, quando morreram outros cinco jovens.
A consolidação de uma paz definitiva no Timor é um dos objetivos das forças internacionais na antiga colônia portuguesa, tal e como reconheceu hoje à Efe o brigadeiro Malcolm Rerden.
"Nosso papel é apoiar a Polícia internacional e ajudar o Governo a manter a estabilidade e um meio de paz para ajudar aos timorenses a resolver suas diferenças", disse o militar.
A segurança no Timor, que no dia 9 de abril terá eleições presidenciais, depende das forças internacionais da ONU e de outros países desde a onda de violência do ano passado.