Autoridades russas confirmaram nesta terça-feira, 29, que traços do iodo radioativo que vazou da usina nuclear do Japão danificada por um terremoto foram detectados no extremo oriente do país. Segundo o comunicado, a concentração é mais de 100 vezes menor do que o nível aceitável e, portanto, não apresenta nenhuma ameaça à saúde das pessoas.
O material foi encontrado em amostras do ar coletado na região de Primorye, localizada do outro lado do Mar do Japão, aproximadamente 800 quilômetros a noroeste da usina nuclear de Fukushima. Depois do terremoto e do tsunami de 11 de março, moradores do extremo oriente da Rússia buscaram pílulas de iodo para proteger a glândula tireoide.
Vestígios do mesmo material encontrado na Rússia também foram detectados na água da chuva no nordeste dos Estados Unidos, mas não há risco para a saúde, informou nesta terça a Agência Norte-Americana de Proteção do Meio Ambiente (EPA).
O nível de radioatividade alterado foi verificado na água da chuva dos estados de Pensilvânia e Massachussets. A EPA também encontrou níveis de radiação mais altos que o habitual em Ohio, no norte. Especialistas da universidade Western Reserve, em Cleveland (Ohio), descobriram iodo 131 procedente do Japão na água da chuva captada em um prédio
Segundo a EPA, é esperado um alto nível de radioatividade na água da chuva como consequência do ocorrido no Japão, já que a radiação viaja pela atmosfera.
Plutônio - A quantidade de plutônio detectada na usina de Fukushima é semelhante àquela que seria encontrada em uma localidade distante de um teste nuclear, mas não é prejudicial à população, disse nesta terça a Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão.
Apesar de o governo japonês ter minimizado a ameaça do plutônio, o premiê Naoto Kan reconheceu que a situação continua imprevisível e afirmou nesta terça que seu país está enfrentando o problema em estado de alerta máximo.