A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse hoje que a Casa Branca pode tentar aprovar uma nova resolução contra o Irã no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). "Estamos analisando o tema e é possível que busquemos uma nova resolução, mas ainda não tomamos uma decisão", disse Condoleezza, acrescentando que os EUA já estão discutindo o assunto com outros países.
As primeiras sanções contra Teerã foram aprovadas pelo Conselho em 23 de dezembro, depois de vencido o prazo para que o Irã interrompesse seu programa de enriquecimento de urânio. Elas proíbem o comércio com Teerã de materiais e tecnologias que possam ser utilizados na fabricação de mísseis e armas atômicas e restringem o financiamento de empresas ligadas ao programa nuclear do país.
As declarações de Condoleezza são o primeiro indício de que os EUA, que consideram as primeiras sanções brandas, podem recorrer novamente ao Conselho contra o Irã. Washington acusa Teerã de querer construir armas atômicas, mas os iranianos alegam que seu programa nuclear tem como finalidade produzir energia elétrica.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, deve entregar no dia 21 um relatório analisando se o Irã cumpriu as demandas da ONU. No entanto, não é segredo que Teerã, em vez de interromper suas atividades de enriquecimento de urânio, como exigia a organização, ampliou sua escala.
Ainda hoje, o Departamento do Tesouro americano emitiu uma resolução impedindo empresas e cidadãos americanos de fazer negócios com três empresas iranianas acusadas de colaborar com a proliferação de armas de destruição em massa. A Kalaye Eletric, a Kavoshyar e a Pioneer Energy Industries, que supostamente tinham ligações com a Organização de Energia Atômica do Irã, tiveram seus ativos nos EUA congelados.